Fernando Pessoa

O poeta Fernando Pessoa escreveu um dia: «A minha pátria é a língua portuguesa». E para mais de 200 milhões de pessoas espalhadas pela Europa, África, América do Sul e Ásia essa pátria chama-se Língua Portuguesa.

O português é, atualmente, a quinta língua mais falada do mundo e o idioma oficial de Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. É também utilizado em Macau, território sob a administração portuguesa até 1999, e em Goa. O português está, ainda, na base de cerca de vinte línguas crioulas e afirma-se como importante idioma minoritário em países como Andorra, Luxemburgo, Namíbia, Suíça e África do Sul, por obra das numerosas comunidades portuguesas ali radicadas.

É esta universalidade da língua portuguesa que une portugueses, brasileiros, muitos africanos e alguns asiáticos, reconhecendo nela um património cultural comum. Apesar de não dispor de um território contínuo, mas de vastas regiões separadas e espalhadas por vários continentes, e o facto de não ser privativa de uma comunidade, mas ser sentida como sua, por igual, em comunidades distanciadas, manifesta uma grande diversidade interna, consoante as regiões e os grupos que a usam.

Uma língua de cultura como o Português, portadora de longa história, que serve de matéria-prima e é produto de diversas literaturas, instrumento de afirmação mundial de diversas sociedades, não se esgota na descrição do seu sistema linguístico: uma língua como esta vive na história, na sociedade e no mundo.

Tem uma existência que é motivada e condicionada pelos grandes movimentos humanos e, imediatamente, pela existência dos grupos que a falam.

Significa isto que o português falado em todo o mundo, entretanto harmonizado por um importante Acordo Ortográfico, continua a ser sentido como uma só língua, veículo de comunicação por excelência e, porventura, o mais poderoso dos laços que unem os povos que o utilizam.

  

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